Como A Decoração Afeta O Nosso Humor: você pode não ter percebido, mas alguns ambientes alteram significativamente o nosso humor! Imagine-se em uma sala pequena, escura, sem janelas, com paredes pretas e um empilhado de livros velhos.
Agora, imagine-se em uma sala clara, com luz do sol entrando, paredes brancas, uma poltrona confortável e uma estante de madeira com livros organizados.
Em qual sala você acredita que se sentiria confortável e adepto a uma boa leitura? Tenho certeza que sua escolha foi a segunda ilustração.
Perceba que um ambiente pode influenciar os nossos sentimentos, alterando nosso humor e consequentemente impactando nossas ações.
Mas quais aspectos da decoração devem ser considerados para manter um humor positivo nas pessoas? É sobre isso que vamos falar nesse post.
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A escolha de materiais
As características dos materiais utilizados na fabricação de móveis e de peças decorativas promovem diferentes sensações, por esse motivo devem ser escolhidos com critério, conforme o objetivo esperado.
A madeira, por exemplo, é conhecida por agregar conforto aos ambientes. Isso se dá pelas características térmicas sempre agradáveis ao toque, refletindo ou absorvendo o calor na medida ideal. Isso é o que explica a arquiteta Fernanda DG do site Dicas de Arquitetura.
Outra característica marcante da madeira é a sensação aconchegante que traz, justamente por ser um elemento rústico, além de absorver os sons, melhorando a acústica dos espaços.
Já as pedras, por serem frias, são mais indicadas em locais com altas temperaturas ou quando se quer uma ambientação mais natural. Elas não trazem boas sensações de conforto, portanto se o objetivo é ter um espaço aconchegante elas devem ser harmonizadas com outros elementos.
A utilização de tecidos na decoração, por terem uma textura agradável, proporcionam acolhimento e conforto. São opções certeiras para controlar a iluminação, a temperatura do ambiente e a acústica.
Fernanda DG explica que “o importante, sempre, é analisar todas as características de cada material, tanto em termos funcionais quanto psicológicos. Assim é possível decorar de maneira consciente, com soluções que se encaixem com os efeitos desejados.”
A escolha das cores
A combinação das cores pode permitir um espaço agradável ou poluído, ao ponto de fazer as pessoas se sentirem mal no ambiente. Portanto, escolher corretamente a paleta de cores é fundamental, pois cada cor reflete impactos psicológicos diferentes nas pessoas, remetendo a pensamentos e emoções variados como alegria, tranquilidade, agitação.
O vermelho, por exemplo, é uma cor imponente que traz a impressão de que o tempo está passando mais rápido. Portanto, deve-se ter cuidado com o uso indiscriminado dessa cor.
Já, ao contrário do vermelho, o azul é considerado a cor da mente e é essencialmente calmante. Tonalidades fortes de azul ajudam a pensar com clareza e tons mais leves acalmam e ajudam na concentração. Além disso, o azul pode ajudar a criar sensação de amplitude nos ambientes.
O amarelo é uma cor psicologicamente forte, atingindo mais os sentimentos do que o físico ou o intelecto. Por ser a cor da confiança e do otimismo, o amarelo pode levantar nossos ânimos e nossa autoestima. No entanto, deve ser usado com cautela, uma vez que o tom inadequado ou a mistura mal feita com outras cores pode ter o impacto totalmente contrário, dando lugar ao medo e à ansiedade.
Já o verde, está associado ao equilíbrio, trazendo sensação de bem-estar. Mas atenção, essa cor pode indicar estagnação quando utilizada incorretamente.
O violeta ou roxo é considerado a cor da espiritualidade, portanto estimulam a introspecção e a meditação. No entanto, o uso exagerado dessa tonalidade pode deixar esse efeito excessivo e quando mal utilizados criam um aspecto pouco elegante.
O preto remete à escuridão, por isso, dependendo de seu uso pode ser associado a algo sombrio e negativo, ou pode trazer clareza, no sentido de ausência de nuances e meios-termos. Nesse aspecto, o preto pode ser utilizado para gerar contrastes, destacando qualquer cor que esteja à sua volta e promovendo equilíbrio ao ambiente.
Já o branco simboliza pureza, limpeza e esterilidade. Para algumas pessoas um ambiente branco pode ser agradável, enquanto para outras ele pode representar um espaço frio. Visualmente o branco gera uma percepção mais aguçada do espaço, destacando e realçando as outras cores.
COMO A DECORAÇÃO AFETA O NOSSO HUMOR: a organização do ambiente
O excesso de informação confunde e pesa visualmente, deixando a mente agitada e com muitos pensamentos. Portanto, não é novidade se dizer que um ambiente organizado contribui muito para gerar bons sentimento.
Mas o que queremos trazer nesse post é sobre a importância da realização de um projeto que facilite a organização de um determinado ambiente, mantendo a maior parte dos objetos soltos guardados em caixas e armários.
Para saber um pouco mais sobre organização de ambientes, leia também:
- Dez dicas de móveis para deixar seu ateliê mais organizado
- Passo a passo para organizar seu guarda-roupa
- Dez dicas para organizar os armários de cozinha
O layout dos móveis e do ambiente
Quem nunca se estressou com um ambiente apertado sem facilidades de mobilidade? O espaço adequado para a circulação e o manuseio de cada utensílio e mobiliário garantem a praticidade e o conforto, evitando desgastes e irritações desnecessárias.
Pode parecer mentira, mas a posição em que os móveis e peças são dispostos podem induzir nosso comportamento à outra direção. Fernanda DG exemplifica que “cadeiras dispostas de frente uma para as outra tendem a alimentar confrontos, enquanto cadeiras lado a lado estimulam um convívio mais pacífico”.
Outro exemplo diz respeito a forma física dos móveis que pode fazer toda diferença no convívio de um ambiente. Uma pessoa sentada sozinha em uma mesa pequena e redonda, provavelmente não sentirá que faltam pessoas à mesa. O contrário poderá acontecer em uma mesa quadrada, onde há lugares demarcados para cada um.
Como A Decoração Afeta O Nosso Humor: a harmonia visual
Visualmente também é possível gerar sensação de bem ou mal-estar, fazendo com que exista vontade de permanecer em um ambiente ou se retirar o mais rápido possível dele.
Para haver bem-estar é preciso que exista equilíbrio entre formas e cores, uma boa combinação entre os elementos utilizados nos mobiliários e adereços, e iluminação.
A iluminação pode proporcionar sensação intimista e acolhedora quando disposta de maneira suave e indireta, ou incomodar profundamente quando fica forte demais e ofusca a vista.
Fernanda DG explica que “as luzes brancas deixam a visão mais nítida e reproduzem melhor as cores, enquanto luzes amareladas são mais acolhedoras, devendo ser usadas de acordo com a intenção desejada”.
Outro ponto importante é usar o foco da iluminação para direcionar a visão e a atenção, valorizando quadros na parede ou produtos expostos em uma loja, por exemplo.
O tamanho do ambiente e a quantidade de aberturas que possui, como janelas e portas, também interfere diretamente na sensação de claustrofobia ou amplitude que um ambiente pode causar. Assim, quanto maior ele for maior é a sensação de liberdade que temos ao permanecer dentro dele.
Perceba que os efeitos psicológicos dos ambientes são muito marcantes. Nesse sentido não basta que eles sejam bonitos, é preciso pensar em fatores práticos e subjetivos, para se querer permanecer em um ambiente, desfrutando ao máximo do espaço, com sentimentos de bem-estar e produtividade.